33 - O  CLà DOS  VILLAS BÔAS

(Continuação)

 

                  JOAQUIM VILLAS BÔAS, o Quinzote, era mineiro. De Santa Rita do Sapucaí, como seus irmãos. Foi casado com Maria Ignácia Celestina. Desse casamento nasceu um único filho, o José Ignácio Villas Bôas.

                Quinzote chegando a Botucatu, associou-se aos irmãos Francisco e José Victoriano, e compraram a Fazenda Sant’Anna, até agora em poder dos herdeiros dos Villas Bôas. No fim da vida, Quinzote resolveu fazer uma viagem a Portugal. Para conhecer a terra dos seus ancestrais. Foi para o Minho, onde comprou uma Quinta. E lá faleceu e foi sepultado.

                  Quando o vigário da paróquia comunicou o acontecido à família que ficara no Brasil, José Ignácio resolveu doar a propriedade para a freguesia da localidade.

                  José Ignácio sempre foi lavrador. Muito estimado em Botucatu. Faleceu em São Paulo, não há muito tempo, aos 92 anos de idade. Do seu casamento com dona Eponina Nogueira Villas Bôas, deixou os filhos: Maria Aparecida, casada com o agrônomo Dr. Simões; Inácinha, casada com o Paulo Marcondes; Sônia, casada com o Sr. Canáli; Maria José, casada com Lázaro Villas Bôas; Benedito (Benê), casado com da. Hilda Mazzoni; José Ignácio Filho,casado com a professora Diva Mário.

                 ANTONIO VICTORIANO VILLAS BÔAS, mais conhecido por Totône, era o mais velho dos Villas Bôas que vieram para São Paulo. Integrou o grupo que foi para a cidade de Espirito Santo do Pinhal, onde faleceu. Uma das suas filhas, Maria Antonia Villas Bôas ( Mariquinha ), vivia em companhia de da.Lucinda Villas Bôas, aqui em Botucatu.

                Totône, além da Fazenda de Pinhal, possuiu em Botucatu, a Fazenda São João, que acabou ficando para o falecido Lúcio Motta, hoje dos seus herdeiros. Totône foi dono, também, em São Manuel da grande fazenda Santa Maria, agora propriedade da família Melão.

                                           PAPANHÔ

                Figura interessante, foi Antonio José Villas Bôas, mais conhecido por PAPANHÔ ( nome que os escravos lhe davam ). Foi o tronco inicial dos Villas Bôas botucatuenses. Era tio e sogro de Francisco, José Victoriano e Quinzote Villas Bôas. Faleceu em avançada idade. Papanhô foi casado duas vezes. Do seu 1º casamento, em Minas Gerais, nasceram as filhas Maria Celestina, Ana Celestina e Maria Ignácia Celestina, que se casaram com os irmãos Francisco, José Victoriano e Quinzote Villas Bôas, respectivamente. Foi pai, também, de Victoria, que se casou com Eduardo Peixoto, e Mariana que se casou com Mário Trench. Do casamento, em segundas núpcias, com da. Ana Ignácia Prestes ( gente de Itapetininga ), nasceram os filhos: João, Mário, Antonio, Ozório, Jayme e Arlinda Prestes Villas Bôas.

                  João Prestes, foi casado com da. Laura Meira, sendo ambos falecidos. João Prestes foi industrial e negociante. Durante alguns anos, foi presidente da A.A.Botucatuense. Deixou vários filhos, sendo que apenas uma filha reside em Botucatu, dona Lindomar Villas Bôas Pescatori.

                Mário Prestes reside em São Paulo. É casado com da. Anita Gianoni, de família itatinguense. O Dr. Ozório Prestes Villas Bôas, cirurgião dentista, falecido, foi casado com da.Mercedes Gianoni, esta residente em São Paulo.

                Jayme P. Villas Bôas, é meu vizinho. Foi meu colega na Escola Normal de Botucatu. Foi casado, em primeiras núpcias, com da. Jovira Castanho, de quem houve os filhos Jayme e Joira. Enviuvando, em segundas núpcias, casou-se com da.Irene Rocha Villas Bôas. Dona Arlinda Villas Bôas, filha do Papanhô, gente de Minas Gerais,casou-se com Agnello Villas Bôas, gente dos Villas Bôas paulistas, com os quais não tinha nenhum parentesco. Pelo casamento, dona Arlinda constituiu-se no traço de união entre Villas Bôas oriundos de Minas e de São Paulo.

                Agnello Villas Bôas, advogado, foi discípulo do famoso Chico Padre. Também foi tabelião do 1º Ofício, da Comarca de Botucatu, e quando se mudou para São Paulo, Sebastião Pinto Conceição, meu pai, é que foi seu sucessor. Agnello e da. Arlinda, já são falecidos. Deixaram os seguintes filhos: Orlando, Leonardo, Cláudio( este falecido ) e Álvaro , os famosos sertanistas Irmãos Villas Bôas, que operam na Amazônia; Erasmo,falecido; Nelson, falecido; Lurdes,casada com Prof. Ibiapaba Trench; Acrísio, casado com a professora Inaiá Trench; e Terezinha.

             Os “Irmãos Villas Bôas”, sertanistas e indianistas, famosos em todo mundo, são botucatuenses. Trabalham no Parque Indígena do Xingu. Já foram agraciados com medalha de ouro, pela rainha Elizabeth da Inglaterra, pelos serviços prestados à humanidade. Orlando, o mais velho, casou-se em dezembro último, com Marina, que chefiava o serviço de enfermagem no Xingú.

             Dona Victoria Villas Bôas e Eduardo Peixoto, não deixaram filhos. Mariana, outra filha de Papanhô, e seu marido Mário Trench,já falecidos, deixaram os filhos: Professores Ibiapaba, Jurandyr, Inaiá, Gê, Andiára, Djanira, Iná e Nhandjara (Quico). Jurandyr, que foi Prefeito Municipal de Botucatu, casado com a Profa. Áurea Gouveia Trench e falecido há pouco tempo, deixou os filhos Martha, universitária, e Mário Trench Neto. A professora Gê Trench é casada com Sebastião de Oliveira, residente em Piracicaba.

( Correio de Botucatu – 08/10/1970 )


 
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