88 - ZECA  DE  SOUZA

(Continuação)

  

             José de Souza Nogueira, “seu” Zéca, era fazendeiro forte. Sua primeira fazenda no município de Botucatu, foi a “Aracatu”, que ele formou. Mais tarde comprou a “Pinheiros”, onde viveu, lutou, criou a filharada, e finalmente faleceu, em avançada idade, após dias de alegrias e tristezas, sempre com ânimo varonil. Homem caridoso, cuidava dos desamparados; criou muita criança órfã, deu abrigo aos desamparados e ajudou aos necessitados.

            JOÃO DE SOUZA NOGUEIRA, filho de Zéca, fazendeiro, pecuarista; meu velho conhecido,  foi casado com Maria de Souza Nogueira. Ambos faleceram em avançada idade e deixaram larga descendência; como se vê abaixo. Filhos:- Iracema, Professora, casada com Euclydes Zuliam; Zulmira, Professora; Eulina, Professora; Ercias José, Professor, casado com a Professora Luiza Passos; Joaquim de Souza Neto, casado com Luiza Móres; Moyses, Professor, casado  com a Professora Wanda Helena Toppar; Nair, Professora,casada com Virgilio Maciel; Flávio, Professor e Advogado, casado com Dalva Pilan. Todos os filhos nasceram na fazenda “Pinheiros”, de sua propriedade.

           O Professor Ercias José Nogueira reside em Santos, onde é figura de projeção no magistério. Foi Secretário da Educação, da Prefeitura de Santos, onde dirige atualmente o Departamento de Educação.

            Moysés Nogueira é Inspetor Escolar em Marilia. O Dr. Flávio Nogueira, recentemente falecido em trágico acidente de automóvel, advogava em Sorocaba; onde também dirigia o Ginásio Industrial Sorocabano. Joaquim de Souza Neto, é o único que não é professor nesta família de educadores. Joaquim é lavrador. Reside na fazenda “Pinheiros”, e tem uma filha, Nair, que é Professora no Grupo escolar “Dr. Costa Leite” desta cidade.

           “Seu” Zéca era tio-avô do Dr. Ranimiro Lotufo, famoso pediatra em Botucatu e bisavô do famoso escritor Alceu Maynard de Araújo da Academia Paulista de Letrase bisavô da Professora Odette Castanheira de Souza; tinha o filho, Joaquim de Souza Nogueira Sobrinho, também fazendeiro e chefe de numerosa família, falecido, nonagenário. Foi casado com Brandina Alves Pedroso Nogueira – irmã de João Alves Jesuino Pedroso que era pai do Dr. Geraldo Alves Pedroso, médico e Professor da UNESP em São Paulo; pai da Dra. Vanda–médica; já falecida, da qual houve os seguintes filhos: Filomeno, veterano motorista de praça em Botucatu, casado com Jovita Nogueira; Júlia, falecida, que foi casada com Samuel de Oliveira; Olímpia, casada com Acácio Castanheira ( neto de Joaquim Francisco de Barros e sobrinho–neto de Domingos Soares de Barros ) de cujo casamento houve o filho Milton e a Professora Odette de Souza Castanheira, esposa do Jornalista Nelson de Souza, residentes em Rubião Junior; Genoveva, viúva de Paulo Francisco de Barros, que era filho do patriarca Joaquim Francisco de Barros; Agenor, solteiro.

           José de Souza Nogueira Filho, casado com Maria Galvão, falecidos, deixaram os filhos:- Jovita, casada com seu primo Filomeno de Souza; Nestor, casado com Ester Toledo, residentes no Paraná; Argentina, viúva de Lázaro de Campos; Izaltina, casada com Francisco Antunes, residentes em Avaré; Erlim, falecido; Celso de Souza; Iraci, casada com Ernesto Cassineli, residentes em Botucatu; Odila, viúva de João Moressi, sendo comerciante, continuando com o armazém deixado pelo esposo. Dona Odila é mãe de Élida (casada) e dos estudantes José Roberto, José Carlos, Ione e Ení; Celso de Souza, é lavrador, residente no Paraná. Erlim, faleceu muito moço, e sua viúva também já é falecida, sendo que seus filhos residem na Capital, com exceção do caçula, o Hermelindo, que vive em Botucatu, em companhia da tia Argentina, viúva de Lázaro de Campos.

           Reportando-me ao falecido Zéca de Souza, é de se notar, que sua filha Rita, em primeiras núpcias foi casada com Lourenço Maynardes, e em segunda, foi casada com Miguel Negrão. Os filhos do casal foram: Antonio, Julieta, Leonor, João, Izabel, Izálida, Maria e Luiz Negrão. Netos e bisnetos do casal,em grande número, estão dispersos pelo estado de São Paulo, onde muita gente com o sobrenome Negrão, Bertotti, Fazzio, Tognozzi, é na verdade gente da velha cepa Souza Nogueira.

          Das filhas de Zéca de Souza, resta falar de Adelaide, Maria e América Nogueira. Maria foi casada com Francisco Albino D’Avila, fazendeiro em Porangaba,  ambos falecidos.  Deixaram o filho Saul, lavrador, que vive nas suas terras da fazenda “Pinheiros”, na parte que recebeu por herança. América, foi casada com Paulo Nogueira, seu primo, ambos falecidos, deixando grande descendência. Paulo Nogueira, formado pelo Mackenzie em Ciências Econômicas, sempre se dedicou à lavoura, não se valendo do diploma como meio de vida. Adelaide Nogueira, a caçula do primeiro casamento do seu Zéca, foi casada com Agenor Nogueira, e faleceu muito moça, sem deixar filhos. Em segundas núpcias, Agenor Nogueira casou-se com Izolina Paes, filha do Capitão José Paes de Almeida.

             Para finalizar estas notas sobre a família de Zéca de Souza, resta dizer algo sobre o filho Esdras. Este, agricultor, pecuarista, residente nesta cidade, é casado com Maria Antunes Nogueira, de cujo matrimonio houve os filhos: Jayme, Cyro, Hilda, Jayro, Helena, Professora Alice, José, Darcí, Marí, Esdras Junior e Maria, esta Contadora. Hilda é viúva de Osmar Bassolli.

            Pelo visto, na família de agricultores, que semeavam para alimentar as bocas dos botucatuenses, surgiram muitos semeadores de livros, livros a mãos cheias, como dizia o poeta, mandando o povo pensar.

 

( Correio de Botucatu -27/10/1971 )


 
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